quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vontade

"Os filósofos antigos tiveram muito a dizer sobre a felicidade. Supunham que ‘a melhor vida’ e ‘a vida feliz’ eram a mesma coisa, e geralmente aceitavam que a felicidade consistia numa vida de razão e virtude. Epicuro (341-270 a. C.) recomendou uma vida simples, de modo a se evitarem sofrimentos e ansiedades. Os estóicos acrescentaram que um homem sábio não permitiria que a sua felicidade dependesse de coisas que estivessem fora do seu controlo, como a riqueza, a saúde, a boa aparência ou as opiniões dos outros. Não podemos controlar as circunstâncias externas, disseram, pelo que devemos ser indiferentes a essas coisas, aceitando-as como aparecem. Epitecto (c. 55-135 a. C.), um dos grandes professores estóicos, deu este conselho aos seus estudantes: ‘Não peçam que as coisas ocorram segundo a vossa vontade; façam com que a vossa vontade seja que as coisas ocorram como ocorrem de facto, e terão paz.”

Este artigo não é meu. Encontrei-o num outro blog (Dúvida Metódica - pertence à minha lista de blogs eleitos caso o queiram consultar) e achei-o deveras interessante. De facto, não podemos apenas sonhar ou idealizar coisas, não podemos fazê-lo e estar à espera que o Mundo perceba aquilo que queremos e arranje forma de o concretizar. Se há algo que realmente queremos temos mais é que lutar e fazer com que aconteça, e (apesar de difícil) não podemos por a responsabilidade da nossa felicidade a cargo que uma coisa que está fora do nosso controlo, nem deixar que pessoas opinem sobre o que somos ou não capazes de fazer. Cada um tem convicções e crenças diferentes, e, é essa convicção e essa crença que determina aquilo que somos ou não capazes de fazer. Como diz o meu professor de matemática “temos de olhar pela nossa vida” e “ter atenção ao que escolhemos como prioridade”. Desde que decidi entrar para Medicina tenho ouvido coisas do género: "Sabes que é difícil e que provavelmente não vais conseguir entrar à primeira. É melhor teres uma segunda opção caso não tenhas média, assim podes entrar em algo na Universidade". Agora expliquem-me lá uma coisa: porque raio é que eu tenho que entrar imediatamente na universidade? Caso não tenha já média para medicina devo desistir e não fazer melhoria só para entrar logo na universidade, só para não ficar mais um ano no secundário? "Mas assim perdes um ano!", dizem eles. Tanta perceber lá uma coisa: eu não quero entrar em ALGO na universidade, eu quero MEDICINA, não algo. Eu acho isto uma completa estupidez. Prefiro "perder" um ano e fazer aquilo que realmente quero e gosto. Até porque no meu caso além de medicina o que me agrada é psicologia (que tem média mais baixa). Mas vou-me meter num curso que tenho média, mas que tem uma das taxas de desempregados licenciados mais alta do país? Realmente deve ser melhor meter-me em psicologia agora e depois estar 2, 5 ou 10 anos num emprego que não é da minha área, do que agora esperar mais um ano e entrar no que realmente quero e me dá perspectivas de futuro agradáveis. Realmente não percebo a mentalidade destas pessoas. Volto a repetir o meu professor: "Isto é tudo uma questão de prioridades". Eu não penso dessa forma... não consigo pensar a curto prazo quando esta decisão vai influenciar o resto da minha vida. Agora “perder” um ano pode ser realmente chato, mas é preferível a tudo o resto. Além disso (apesar de ser das únicas pessoas a acreditar), acho que sou perfeitamente capaz de conseguir entrar já em medicina. É tudo uma questão de trabalho e dedicação. Não tenho nenhum atraso, por isso se uns são capazes eu também sou. Tudo isto para dizer que o querer basta para acontecer. Tem é de ser um querer forte e verdadeiro e não um capricho do momento. =)
(Se o Pooh acredita que consegue eu também!!! ;)

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