quinta-feira, 3 de setembro de 2009

03-09-2009 – I’ll miss you


Extraordinário como um pequeno animal, num curto espaço de tempo, nos pode marcar tanto e deixar-nos tantas saudades. Intrigante a forma como eles mexem connosco e como nos apegamos a ele. Hoje tive que dar o Dinis (filho da minha gata Mafalda) e estou de rastos. O meu menino vai-me fazer falta. I’ll miss you my cute baby!!!

Os dez mandamentos das relações humanas


1) Fala com as pessoas.
(Nada há tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação. É muito importante para nós uma palavra amiga.)


2) Sorri para as pessoas.
(Lembra-te que accionamos 27 músculos para franzir a testa e apenas 14 para sorrir. Então, pelo menos por questão de economia, sorri.)


3) Chama as pessoas pelo nome.
(A música mais suave é ouvir o seu próprio nome.)


4) Sê amigo e prestativo.
(Se quiseres ter amigos, sê um amigo leal.)


5) Sê cordial.
(Fala e age com sinceridade. Tudo quanto fizeres faz com todo o prazer.)


6) Interessa-te sinceramente pelos outros.
(Lembra-te de que sabes o que sabes, mas não sabes o que os outros sabem.)


7) Sê generoso a elogiar e muito cauteloso a criticar.
(Os líderes elogiam, sabem encorajar, dar confiança, elevando os outros.)


8) Considera os sentimentos alheios.
(Existem três lados numa controvérsia: o teu lado, o lado do outro e o lado de quem está certo e, às vezes, este alguém positivamente não és tu.)


9) Preocupa-te, sem exageros, com a opinião dos outros.
(Às vezes enganamo-nos. Não seria prudente, então, aproveitar as observações sensatas do outro? Ouve, aprende, elogia.)


10) Procura apresentar sempre um excelente serviço.
(Aquilo que realmente vale na nossa vida é aquilo que fazemos para os outros.)

Why not? Did we lose something?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Sex is the most wonderful thing in life!


Depois de uma semana em que tanto ouvi falar sobre o tema decidi que escrever algo sobre seria pertinente. Sexo: um tema banal, polémico, mas que, no entanto, continua a ser um tabu para muitos. Banalizado pelos mais jovens, desvalorizado pelos mais adultos e esquecido (“será?”) pelos mais velhos, o sexo é a verdadeira fonte do rejuvenescimento que procuramos há milhares de anos. Para terem uma noção do que falo faço-vos uma pequena lista dos inúmeros benefícios deste acto:


-melhora o sistema imunológico, a circulação sanguínea, o sono e o humor;
-ao melhorar a circulação sanguínea, o sexo ajuda a combater a celulite;
-combate o stress;
-previne gripes;
-retarda o envelhecimento;
-queima calorias;
-alivia as enxaquecas;
-regula o ciclo menstrual;
-fortalece a musculatura pélvica;
-relaxa a musculatura do corpo;
-aumenta a concentração para os estudos e o trabalho;
-melhora a saúde da pele, cabelos e do sistema digestivo;
-alivia as tensões;
-melhora a postura;
-melhora a auto estima (fazendo-nos sentir mais jovens e mais optimistas);
-ajuda a enrijecer os músculos dos glúteos e abdómen;
-melhora o sentido do olfacto;
-ajuda a manter uma afectividade emocional muito maior com o parceiro (óbvio);
-alivia algumas dores;
-ajuda a melhorar o controle da bexiga;
-ajuda a reduzir os riscos de doenças do coração;
-acalma;
-aperfeiçoa aptidão física;
-estimula a criatividade e inspiração (quem ainda não sabe o que vai fazer a AP tem aqui uma solução =).

Qual clínica estética, qual spa, qual creme, qual ginásio, qual quê? Para quê gastarmos dinheiro quando temos a melhor solução em casa? O problema é quando a coisa é mal feita ou nem sequer é feita!! Tirem proveito… inovem e sejam ousados! Se por acaso o outro não quiser colaborar e ainda por cima mandar vir com o dinheiro gasto com alguma das coisinhas que mencionei em cima atirem-lhe com isto em cima! Pode ser que resulte! ;)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Friends are for life!!!


“Analisemos agora a amizade. De facto, trata-se de uma certa excelência, ou algo de estreitamente ligado à excelência; além disso, é do que mais necessário há para a vida. Pois ninguém há-de querer viver sem amigos, mesmo tendo em conta os restantes bens. E até os ricos, os que têm posição e poder, têm uma necessidade extrema de amigos (…).
Contudo, uma amizade que tem como fim em vista o que cada um é em si próprio existe apenas entre homens de bem, porque os ordinários não podem sentir prazer nenhum uns com os outros, a não ser que possam obter uma qualquer vantagem. E só a amizade entre os bons é capaz de resistir à calúnia. Na verdade, não é fácil acreditar no que se diz sobre um amigo que foi posto à prova por nós próprios durante longo tempo. Na amizade entre boas pessoas há confiança mútua (…).”


Aristóteles, Ética a Nicómaco, tradução do grego de António C. Caeiro,Quetzal Editores, Lisboa, 2004

As características referidas por Aristóteles continuarão a fazer parte daquilo que chamamos amizade? Haverá outras?
O desenvolvimento tecnológico e a consequente facilidade de comunicação (entre outros aspectos da vida actual, nomeadamente a igualdade de direitos entre homens e mulheres) terão transformado de tal modo as relações entre as pessoas que a amizade já não é o que era na época de Aristóteles?

Na minha opinião tudo passa pelos olhares e pelas palavras…. Pelos gestos e pelas expressões… Por uma palavra bastar para sermos capazes de perceber se o outro está bem ou mal... Pela vontade de partilhar algo… de viver algo com alguém que nos é muito especial… Pelos abraços (aih como eu gosto de abraços, é que nem vos passa pela cabeça). Acho que a definição de Aristóteles continua a ser a correcta! O problema é que, uma vez mais, as pessoas banalizam. Banalizam o que têm de melhor e desperdiçam tudo o que podiam usufruir. Friends are for life!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Até Quando?


Não adianta olhar pró céu com muita fé e pouca luta

Levanta ai que você tem muito protesto pra fazer e muita greve

Você pode e você deve, pode crer


Não adianta olhar pró chão, virar a cara pra não ver

Se liga ai que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu

Num quer dizer que você tenha que sofrer


Até quando você vai ficar usando rédea

Rindo da própria tragédia?

Até quando você vai ficar usando rédea

Pobre, rico ou classe média?

Até quando você vai levar cascudo mudo?

Muda, muda essa postura

Até quando você vai ficando mudo?

Muda que o medo é um modo de fazer censura


Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente

Seu filho sem escola, seu velho ta sem dente

Você tenta ser contente, não vê que é revoltante

Você ta sem emprego e sua filha ta gestante

'Ce se faz de surdo, não vê que é absurdo

Você que é inocente foi preso em flagrante

É tudo flagrante

É tudo flagrante


A policia matou um estudante

Falou que era bandido, chamou de traficante

A justiça prendeu o pé-rapado

Soltou o deputado e absolveu os PM's de Vigario


A policia só existe pra manter você na lei

Lei do silêncio, lei do mais fraco:

Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pró saco

A programação existe pra manter você na frente

Na frente da TV, que é pra te entreter

Que pra você não ver que programado é você


Acordo num tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar

O cara me pede diploma, num tenho diploma, num pude estudar

E querem q'eu seja educado, q'eu ande arrumado q'eu saiba falar

Aquilo que o mundo me pede não é mundo que me dá


Consigo emprego, começo o emprego, me mato de tanto ralar

Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar

Não peço arrego mas na hora que chego só fico no mesmo lugar

Brinquedo que o filho me pede num tenho dinheiro pra dar


Escola, esmola

Favela, cadeia

Sem terra, enterra

Sem renda, se renda. Não, não!


Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente

A gente muda o mundo na mudança da mente

E quando a mente muda a gente anda pra frente

E quando a gente manda ninguém manda na gente


Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura

Na mudança de postura a gente fica mais seguro

Na mudança do presente a gente molda o futuro

Até quando você vai levando porrada, porrada?

Até quando vai ficar sem fazer nada?

Até quando você vai levando porrada, porrada?

Até quando você vai ser saco de pancada?

Gabriel, O Pensador

Realmente acho que a letra da música diz tudo. Até quando é que vamos aceitar isto? Até quando é que nos vamos sentar e esperar que algo aconteça? Até quando é que vamos adiar a nossa mudança de atitude? Temos de mudar, só mudando é que poderemos atingir novas metas e criar novos objectivos. O poder é nosso, o dever é nosso e nós podemos. A letra diz muito e a música é muito gira. Aconselho vivamente a ouvirem Gabriel. As letras dele são uma autêntica escola.


*Sei que já aqui abordei mais ou menos este tema. Porém, acho que a música é mesmo muito gira e o tema mesmo muito importante. =) A minha net é preguiçosa e não estou a conseguir abrir o youtube. Mas, procurem lá a música e o clip... Vão gostar!!!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Juventude Hospitaleira



Entre os dias 23 e 31 de Julho não escreverei no meu blog nem comentarei o de outros. Por mais estranho que pareça não digo isto com um pingo de pena. E porquê? Porque vou estar na Casa de Saúde de Barcelos (onde ficam as pessoas com problemas mentais) a fazer voluntariado. Vou para lá através da Juventude Hospitaleira, uma associação de voluntariado a que aderi há alguns meses. Eu e outros jovens vamos ajudar nas várias tarefas que há a fazer: auxiliar na alimentação, levá-los a rezar, fazer companhia, ajudar a sorrir… Apesar de ansiar isto há muito tempo não posso deixar de estar nervosa. Acho que vai ser uma experiência espectacular, porém, a verdade é que não sei o que me espera e tenho medo de me sair mal.

Quero-vos falar um pouco mais desta instituição – a Juventude Hospitaleira. A Juventude Hospitaleira (JH), Movimento Juvenil inspirado e animado pelos Irmãos de S. João de Deus e pelas Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, em cada ano realiza um vasto leque de acções destinadas aos jovens. O verão é sem dúvida o tempo mais fértil para estas acções e os Centros Hospitaleiros o “palco” mais propício para a experiência da Solidariedade e da HOSPITALIDADE. Assim sendo, a essência do movimento é a hospitalidade. Além da vivência de grupo, desafiam os jovens a desenvolverem compromissos pessoais com cariz hospitaleiro.

Sinto-me muito feliz por ter a sorte de fazer parte de algo como isto e acho este tipo de iniciativas muito importantes. Deixo aqui dois sites para que possam obter mais informações e também se sentirem entusiasmados a fazer algo.


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mamã e Papá *.*


Sempre levei a maternidade muito a sério, sempre pensei muito nela. Acho que como cada um de nós o faz… ou pensa que o faz. Porque, pelo menos quanto a mim, só este ano é que me apercebi verdadeiramente de tudo o que devemos ter em conta quando tomamos a corajosa decisão de ter um filho. Há, então, uma série de questões a ponderar. Contudo apenas aqui abordarei as que considero mais relevantes.
A primeira delas é o aborto. Não aquele aborto que é feito irresponsavelmente simplesmente porque não se tomou precauções (arriscar dá mais adrenalina e fazer abortos deve ficar mais barato que usar preservativos), mas sim o aborto de crianças com deficiência. Eu sou determinantemente contra o primeiro género de aborto que falei, e cada vez mais me apresento contra o segundo caso de aborto (apesar de compreender, de certa forma, as mulheres que o fazem). E porquê? Precisamente por aquela questão de ponderação. Quando nós decidimos que queremos ter um filho temos de assumir e de considerar todas as possibilidades. Apesar de nunca estarmos à espera disso, a verdade é que há a possibilidade de tal acontecer e nós, por mais que não queiramos, temos de pensar nela e ver até que ponto estamos preparados para receber uma criança assim, temos de ver até que ponto é que vamos aceitar isso. Pois, se não aceitarmos e caso engravidemos de uma criança portadora de deficiência e decidirmos abortar não estamos a comportar-nos como o Hitler? Afinal ele queria criar a raça perfeita e escolhia a pessoas que poderiam viver, as pessoas que possuíam os caracteres por ele definidos viviam… o resto era lixo. Nós ao abortarmos pessoas com deficiência estamos a fazer o mesmo, estamos a decidir quem vive e quem morre. Se a criança preencher os nossos pré-requisitos e se mexer bem, se tiver o cérebro a funcionar a 100% é bem-vinda, senão… é lixo e manda-se tirar. Sei que isto pode parecer radical mas é a verdade (verdade que não queremos assumir e que tentamos desculpar com uma série de argumentos que nem nós mesmos, por vezes, acreditamos).
Outra coisa que me intriga (mas que não é, infelizmente, controlada por nós), são os tratamentos de fertilidade. Acho que deve ser uma sensação terrível a de querer ter um filho e não conseguir. Há casos que se conseguem resolver e outros que por mais tratamentos que se façam continuam sem resolução. Eu acho que às vezes as coisas não acontecem por acaso e temos de ter cuidado com o que fazemos. Se eu tivesse no lugar dessas mulheres acho que tentaria fazer um tratamento de fertilidade, mas apensas um e não dez como tenho ouvido certas mulheres a dizer que fazem. Se por vezes podemos não conseguir ter filhos por alguma razão é. Conheço um caso de uma mulher que não conseguia e que à sétima tentativa teve um filho, mas o bebé nasceu com muitos problemas. As coisas têm o seu sentido de ser e a Natureza sabe o que faz (claro que também há casos que resultam… a minha tia teve três abortos espontâneos, só à quarta gravidez é que teve um bebé e perfeitamente saudável), temos que nos aceitar de tal forma. Além disso há muitas crianças em casas de adopção a precisarem de pais.
Por último (e tentarei ser breve) é a questão do tempo. Temos de avaliar se temos tempo para ser pais. Quando eles chegarem não são eles que se têm de adaptar ao nosso horário, nós é que nos temos de adaptar ao deles… é preciso cuidado. Um filho requer muita atenção da nossa parte… desde que nascem até que morrem.
Por tudo isto acho que a decisão requer um bom pedaço de tempo de reflexão. E quando a resposta é um sim, um sim pleno e global, um sim que aceita tudo e que enfrenta todos a recompensa é bem grande. As crianças são de facto o melhor do Mundo. =)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Insensatez ou coerência?

“Acho completamente descabida a ideia de que os padres não se puderem casar. Só se perde com essa ideia, assim ninguém quer ir para padre! É uma profissão como outra qualquer, porque não haveriam de puder casar?”. É vulgar ouvir este tipo de pensamentos. Quando o assunto vem à baila estas ideias são apenas uma amostra das muitas que aparecem. Contudo, eu em parte discordo com isto. Não acho o facto de não puderem casar tão insensato quanto isso. Primeiro ser padre não é uma profissão como qualquer outra, pelo menos na minha opinião. Acho que esta profissão acarreta uma série de responsabilidades de uma forma que as outras não o fazem. O pároco é um representante de Deus, está aqui em nome Dele para guiar uma comunidade. E precisamente por O estar a representar não pode se dar ao luxo de viver uma vida mundana, ele deve tentar ao máximo se assemelhar à perfeição de Deus. Mais importante do que isso (porque casamento não é sinónimo de imperfeição, muito pelo contrário) se os padres fossem casados dificilmente se dedicariam com o mesmo entusiasmo e com a mesma oferta à paróquia, o tempo que para ele lhe dispensa teria de ser menor pois seria partilhado com a família, tal como as preocupações. Alguém que decida assumir estas responsabilidades tem de ser realmente alguém que se empregue e sacrifique totalmente pela sua paróquia, que abdique de si para os outros. Por isso as pessoas que aceitam este desafio têm de ter uma verdadeira vocação para isto, um talento, um dom natural. É verdade que esta ideia nem sempre é tida pelos próprios párocos, e eu tenho um exemplo disso na minha paróquia, mas a verdade é que o facto de os padres poderem casar não resolveria o problema (maus profissionais há em todo lado, temos é de os tentar combater). Aliás, apenas o agravaria. Porque se este emprego já atrai alguns apenas pelo dinheiro se o casamento fosse permitido aumentariam estes casos. Uma pessoa que realmente tenha vocação para padre não se preocupa com esse tipo de questões, quem se preocupa e não segue este caminho por essa razão então é porque não iria ser um bom pároco. Para essas pessoas há uma série de coisas e de postos que podem ocupar numa comunidade, trabalho para fazer é o que não falta! Outro argumento usado é que esta regra não tem sentido porque estamos a contrariar a natureza humana. Porém, sermos crentes e vivermos segundo o estilo de vida de Deus não é precisamente isso? Contrariar os nossos instintos humanos? Afinal nós somos naturalmente egoístas e violentos, mas o cristianismo (e a boa índole da maioria das pessoas) diz-nos que não o devemos ser. E nós lutamos contra eles, e tentamos ser nós a controlar esses instintos… é isso que nos distingue dos outros animais, não é? A capacidade de fazer escolhas e de distinguir o que é bom do que é mau. Por tudo isto acho que acima de tudo esta história do casamento é principalmente uma desculpa para tentar justificar a falta de padres. A verdade é que vivemos num mundo onde cada vez mais a fé é menor e onde o egoísmo cresce a cada dia. Poucos são os que estão disposto a entregar-se desta forma.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Desafio Musical

A Silvana de Truz Truz Truz desafiou-me musicalmente:

1. Publicar uma foto pessoal:


2. Escolher uma banda ou um(a) artista – My Chemical Romance

3. Responder às perguntas apenas com títulos de músicas da banda ou artista escolhida(o):


És homem ou mulher? Helena

Descreve-te: It's Not A Fashion Statement It's A Deathwish


O que os outros acham de ti? The Jetset Life Is Gonna Kill You


Como descreves o teu último relacionamento? Thank You For The Venom


Como descreves o estado actual da tua relação? I Never Told You What I Do For A Living


Onde querias estar agora? Welcome to the black parade


O que pensas a respeito do amor? To The end


Como é a tua vida? House of wolves


O que pedias se só tivesses um desejo? Skylines and Turnstiles

Escreve uma frase sabia: Honey, This Mirror Isn't Big Enough For The Both Of Us

domingo, 5 de julho de 2009

Super herói precisa-se


Portugal está a passar por uma fase menos boa. Fase essa que já dura há alguns anos, mas que se tem vindo a agravar ultimamente. Eu gosto muito do meu país, adoro a minha pátria. Acho que temos feito coisas boas, que temos atingido bons resultados em algumas áreas e que temos motivos para ter orgulho do nosso povo e da nossa terra. Só que essas coisas andam bem escondidas, têm medo de se mostrar, não devem querer ofender ninguém. Andam escondidas ou alguém as esconde, não sei e não é isso que agora aqui quero discutir. Mas há muito trabalho para ser feito, muito para evoluir e apesar de me orgulhar de Portugal tenho a perfeita noção disso. Já até abordei alguns dos temas neste blog. Contudo, estamos e precisar de mudanças a sério, temos problemas graves e urgentes a necessitar de resolução: desde saúde a educação, passando pelo poder de compra ao desemprego, desde o próprio civismo das pessoas aos imigrantes há um bocadinho (bocadão – se é que existe - melhor dizendo) de tudo para ser feito. Trocamos de governo como quem troca de meias, tenta-se implementar umas coisas aqui e uns sistemas ali, fala-se em investimentos e reformas (reparem no verbo que eu usei, fala-se) e o nosso querido país, apesar de tudo, continua sem conseguir avançar e sair disto. As mudanças de governo, como já referi, não estou a resultar. Por isso acho que precisamos de um super herói. Se pudesses inventar ou escolher um super herói para salvar Portugal qual seria (esta ideia foi retirada de um programa semanal da RTP2 – “5 para a meia noite”)? Ora bem, eu estive a pensar e eu escolheria o “Super Anti-Cagaço”. É verdade eu acho que Portugal precisa de alguém que erradique o medo de uma vez por todas. O medo de arriscar, o medo da mudança, o medo da critica, o medo de sorrir, o medo da diferença, o medo do “escuro”, o medo das paixões. Porque só desta forma é que conseguiremos ser ousados e inovadores o suficiente, porque só desta forma é que conseguiremos agir e mudar algo… quando perdermos o medo. Quando formos capazes de nos apaixonarmos verdadeiramente por este país, de nos apaixonarmos por projectos que o possam realmente carregar para frente e os levarmos até ao fim. Temos de perder o medo!! Mas o que me dizem vocês, que super herói precisamos?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

“Portugueses não têm confiança nas instituições políticas”

“Estudo revela que portugueses não têm confiança nas instituições políticas.”

Esta foi uma das maravilhosas notícias que passou hoje no telejornal. Entre cornos na Assembleia da República a eleições duvidosas no Benfica apareceu esta pequena relíquia. Então os Srs. Portugueses não estão confiantes? E eles lá têm moralidade ou discernimento para acharem alguma coisa? Acho que um povo que chega a uns absurdos 60% de abstinência em eleições perde a credibilidade. Votar é um direito e acima de tudo um dever, é uma forma de expressarmos a liberdade que muito nos custou a conquistar. Isto também não passa de mais um contrato (mais um), que nós, como cidadãos, estabelecemos connosco, com a sociedade em que estamos inseridos e com o estado. Como todos os contratos existem cláusulas a serem cumpridas, como em todos os contratos beneficiamos de umas coisas em troca de outras, temos direitos e deveres. Ora, se não consumamos um nos nossos deveres, que é o voto, acho que não nos podemos dar ao luxo de criticar e de nos acharmos no direito de atacar o estado ou algo que possa, eventualmente, estar a seguir de forma incorrecta nesse contrato. Eu sei que os políticos não têm dado o melhor exemplo, sei que muitas vezes, depois de tudo a que assistimos é desmotivante ir votar, porém, não é motivo suficiente para que o façamos. Dizem que também é uma forma de mostrar o descontentamento. Pois eu digo-vos que isso é mentira. Votar em branco é mostrar descontentamento, não votar é simplesmente não existir e não ter opinião na matéria. Os políticos são todos iguais e nenhum deles presta? Eu não acredito nisso, mas quem acredita pense numa coisa: a nossa personalidade é moldada pela sociedade onde estamos inseridos. E quem é a sociedade? Somos NÓS. Logo, se os governantes deste país são maus profissionais nós temos a nossa cota parte de culpa nisso. Se queremos que daqui para a frente isso mude então também nós temos de mudar: porque nós faremos os próximos governantes, porque nós seremos os próximos governantes.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A normalidade da diferença


Apesar de ser ainda hoje um problema grave, a verdade é que cada vez mais se investe na melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiências. Há cada vez mais uma preocupação e um cuidado em tentar diminuir os obstáculos que estes encontram no dia-a-dia e em responder às necessidades especiais impostas por eles. Isto acontece desde que eles são bem pequeninos. Desde cedo são estimulados a vários níveis (dependendo da deficiência que apresentam), existindo até escolas especializadas neste tipo de crianças. Escolas exclusivamente preparadas para os receber e com profissionais designados para aquele trabalho. Agora levantam-se aqui dois problemas. O primeiro é que a recuperação física destas pessoas ainda é vista como a maior das prioridades dando-se uma importância excessiva a esta. Eu acho que a recuperação física é relevante, mas não que deva ser A prioridade. Penso que um bom desempenho e desenvolvimento intelectual é bem mais indispensável. Só este é o caminho para que uma pessoa com necessidades especiais tenha uma vida dita “normal”. Um bom desenvolvimento intelectual habilita estas pessoas a desenrascarem-se a todos os níveis da sua vida e a lidarem mais facilmente com os problemas causados pelas suas limitações. Além disso, uma limitação intelectual é bem mais complicada do que uma física. O segundo problema é as escolas especializadas. Até que ponto é positivo para uma criança com necessidades especiais frequentar este tipo de instituições? A evolução será, provavelmente, maior e o acompanhamento bastante melhor, contudo, não estamos a fomentar algum género de distinção? Afinal estamos a pôr estas crianças de parte e a evitar o contacto destas com outras crianças ditas “normais”. Estamos a fazer um género de triagem e a separar pessoas da mesma forma que separamos o lixo para a reciclagem. Até que ponto é que é saudável não existir convívio entre os dissemelhantes tipos de crianças? A falta de contacto com a diferença não é positiva e cria ignorância quanto ao assunto o que leva à discriminação. Não deveríamos estar a educar para a aceitação da diferença como algo normal?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O tamanho do perdão


Hoje as relações são vividas de forma bastante diferente e as responsabilidades do casamento assumidas de outra forma. O divórcio deixou de ser uma vergonha e passamos a ter mais liberdade e mais direitos. De facto, apesar de muitos dizerem que já não era sem tempo, a verdade é que tudo isto se passou a uma velocidade vertiginosa, sem haver sequer tempo de respirar e pensar seriamente nas consequências disso e sem ponderarmos os prós e os contra. Eu acho que a evolução foi positiva. O facto de uma mulher, no passado, que sofria violência doméstica não se poder divorciar porque seria rejeitada pela sociedade é algo absurdo. Contudo, tudo tem desvantagens, e o facto é que este facilitismo leva a que muitos casais nem tentem repensar na relação e partem logo para o divórcio sem sequer se darem ao trabalho de tentar.
O que me levou a escrever sobre este tema foi a história de duas mulheres que me são bastantes próximas. Duas histórias antigas vividas à moda antiga. Estas duas mulheres souberam da traição do marido. Choraram, sofreram, desesperaram e, por fim, perdoaram. Perdoaram e seguiram em frente. Actualmente, continuam casadas e possuem famílias bastante felizes e unidas. A verdade, é que apesar destas histórias terem acabado bem as coisas nem sempre terminam assim. Provavelmente, no lugar destas mulheres eu acabaria com tudo e não aceitaria uma situação destas. Quem estará mais correcto? Porque apesar de tudo quando nos casamos assumimos um compromisso e prometemos amar, respeitar e apoiar apesar de todas as tempestades e vendavais. Prometemos perdoar! O problema é: até que ponto devemos perdoar? Este perdão tem limites ou é incondicional? Quando sabemos se o devemos ou não fazer? Devemos engolir a humilhação em nome de um futuro melhor, em nome da família?

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson, The King of Pop

O rei da pop morreu, Michael Jackson. A estrela, aos 50 anos, sofre uma paragem cardíaca que culmina na sua morte. Michael Joseph Jackson nasceu em Gary a 29 de Agosto de 1958, era o sétimo de nove filhos de Joseph e Katherine Jackson. Foi cantor, compositor, actor, publicitário, escritor, produtor, director, dançarino, instrumentista e empresário. Viveu da música e de escândalo. Desde a mudança de cor pele a suspeitas de pedofilia Michael foi sempre uma personagem rodeada de controvérsia e de excentricidade. Apesar de tudo Michael Jackson marcou uma, melhor, várias gerações, fazendo parte da história de cada um de nós. Afinal quem é que nunca gozou e se riu ao som de Thriller. Jackson recebeu inúmeros prémios, entre eles áánove Guinness World Records: "Primeiro artista a ganhar mais de 100 milhões de dólares num ano", "Primeiro artista a vender mais de 100 milhões de álbuns fora dos Estados Unidos", " Artista mais bem sucedido no mundo da música", "Álbum mais vendido do Mundo" (104 milhões de cópias, na altura, vendidas do álbum Thriller), entre outros, sendo ainda cogitado como o artista mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em mais de 8 bilhões de dólares. Recebeu ainda o Diamond Awardáá, dado a artistas que venderam mais de 100 milhões de discos. Por tudo isto achei que o rei merecia aqui uma homenagem. A estrela brilha agora no céu.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Entrevista SIC a Manuela Ferreira Leite – 24 de Junho

Manuela Ferreira Leite foi ontem entrevistada na SIC e, na minha opinião, fez um brilharete. De facto, a intervenção de ontem serviu para atestar e reforçar as competências e capacidades daquela mulher. Apesar de não perceber praticamente nada de política, ultimamente tenho seguido o trabalho e as declarações dos chefes partidários do nosso país (tento perceber e estar familiarizada com o assunto de modo a que possa ter uma opinião minimamente congruente), e devo dizer que esta intervenção foi a primeira delas que me satisfez (principalmente depois da entrevista a Sócrates a semana passada que foi um desastre). Manuela apresentou um discurso coerente, lógico e coeso e uma linha de ideias completamente encadeadas e racionais. Expôs análises construtivas ao governo actual deixando de lado a tão habitual e rotineira crítica do “bota abaixo”. Discordou com o que achava errado de forma fundamentada e sempre apresentado medidas e soluções e também felicitou (o que é raro, porque normalmente a oposição só critica negativamente) o que achava correcto. De forma global concordo com o que foi dito por Ferreira Leite e com as medidas por ela apresentadas. Destemidamente Manuela abordou todos os temas e todas as questões. Desde endividamento ao investimento público, do caso BPP à educação… Uma entrevista sincera, frontal e realista de alguém que tem o perfil certo para liderar Portugal.
Infelizmente, o preconceito português não o vai permitir e vamos ter mais quatro anos de Sócrates, o que a mim, muito sinceramente, me preocupa muito. Isto não pode, nem vai ter, um final feliz. =(

domingo, 21 de junho de 2009

Dia Mundial do Yoga - 21 de Junho


Para começar um viva ao Yoga e a quem o pratica. Hoje é um dia mundial do Yoga, algo aparentemente conhecido por vários mas que possui uma história, filosofia e carga espiritual desconhecida pela maioria. Vou falar-vos um bocadinho (e apenas um bocado porque haveria muito a dizer) desta prática. Vulgarmente o Yoga é visto como uma prática boa para a saúde, algo que faz bem ao corpo e à mente e que nos faz sentir melhor. Mas, há mais para além disto. Para começar Yoga é um conceito que se refere às tradicionais disciplinas físicas e mentais originárias da Índia, está associado com as práticas meditativas tanto do budismo quanto do hinduísmo.

Segundo Pedro Kupfer: “O Yoga nasce a partir da compreensão das manifestações externas da Natureza e das suas influências subjectivas sobre a consciência humana. Os primeiros yogis não fizeram mais do que escutar e conhecer a própria natureza. Podemos imaginar estes proto-yogis renunciando à segurança que oferecia a vida em aldeias e cidades, internando-se nas profundezas de florestas e montanhas, onde existiam perigos reais. A sede de conhecer-se, no mais profundo e absoluto sentido da palavra, transcendia qualquer perigo. A recompensa, o estado de não condicionamento, bem valia o risco. Esta praxis nasce do inconformismo, da sede de transcender a miséria existencial inerente a todo ser humano, e de eliminar os intermediários entre si próprio e o sagrado.”

Além disso, alguns dos textos hindus referem-se ao Yoga desta forma: "Quando os cinco sentidos e a mente estão parados, e a própria razão descansa em silêncio, então começa o caminho supremo. Essa firmeza calma dos sentidos chama-se Yoga." Upanixade Katha, VI.

Aprenderam algo novo? Eu sim. Porém, segundo estes dados adquiridos para a prática do Yoga é necessária a paralisação da mente e da razão. Contudo, (seguindo a linha de pensamento cristão) nós apenas conseguimos distinguir o bem do mal quando estamos com a nossa mente e razão bem vivinhas e activas. Desta forma, será então a prática do Yoga compatível com o cristianismo (vá lá não fiquem chateados mas se eu não levantasse aqui uma questão filosófica não ficava satisfeita =)?
Agora só para os mais curiosos o Yoga assenta em oito pilares:
1-Yama ou refrescamento:
1.1-Ahimsa ou não violência;
1.2-Satya ou não mentir;
1.3-Asteya ou não roubar;
1.4-Brahmacharya ou não dissipar a sexualidade;
1.5-Aparigraha ou não cobiçar.
2-Niyama ou auto observações:
2.1-Saucha ou limpeza (do corpo da mente, do intelecto e das emoções);
2.2-Santosha ou auto-contentamento;
2.3-Tapas ou auto superação
2.4-Svadhyaya ou auto estudo;
2.5-Ishvara pranidhama ou auto entrega
3-Asana ou posições psicofísicas;
4-Pranayama ou expansão da força vital através de exercícios respiratórios;
5-Pratyahara ou abstracção dos sentidos externos;
6-Dharana ou concentração mental;
7-Dhyana ou meditação;
8-Samadhi ou absorção meditativa.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dia Mundial dos Refugiados – 20 de Junho


"Angelina Jolie alertou o mundo para a situação complicada dos refugiados através de um vídeo. Este apelo vem no seguimento de uma visita que a actriz fez a um campo de refugiados na Tailândia no passado Fevereiro. Com o vídeo, pretende-se que as autoridades Tailandesas libertem os cidadãos Birmaneses que estão nestes campos há cerca de duas décadas. A actriz e embaixadora da boa vontade das Nações Unidas tem assumido como uma das suas missões alertar para a situação crítica que os refugiados de todo o mundo vivem devido a guerras ou perseguições. Para além de gravar o vídeo, que também promove o dia Mundial do refugiado (20 de Junho), Angelina Jolie afirmou ainda: «Os refugiados são as pessoas mais vulneráveis da terra. Todos os dias lutam pela sua sobrevivência. Merecem o nosso respeito, por favor não os esqueçam»."
Acho que isto merecia mesmo um post. É de louvar atitudes como esta. Todos os dias na televisão figuras públicas são notícia: "O António encontra-se num bar com a Maria"; "O Manel compra um carro que custa toneladas de dinheiro"; "O Joaquim respirou". Notícias sem o mínimo fundamento que não melhoram a vida nem aumentam a felicidade de ninguém. Porém, existem excepções e ainda há figuras públicas que têm o discernimento e o bom senso necessário para perceberem que o seu mediatismo pode servir para algo bom (algo para além de lhes encher o bolso de dinheiro). De facto, estas pessoas têm o poder que poucas têm – o de ser ouvidas (até podem dizer a maior barbaridade do Mundo que vão ter sempre gente a ouvir). Quantas causas e instituições têm dificuldade em atingir o seu objectivo porque têm não se conseguem fazer ouvir? Mas estas pessoas têm esse poder e devem, sem sombra de dúvida, usá-lo para causas como esta. Além disso, as figuras mediáticas têm uma grande influência nas camadas mais jovens, são os seus “ídolos”, e isso acarreta uma séria de responsabilidades que, na minha opinião, eles devem estar à altura de responder. Como? Incutindo-lhes valores e dando o exemplo envolvendo-se em boas causas (temos muitos exemplos de figuras públicas que o fazem: a Angelina Jolie; o Figo; o Bill Gates; Madona; etc). O vídeo não está completo (até porque acho que ainda nem está totalmente disponível, isto é só uma amostra), mas espero que gostem deste excerto. Eu sei que ainda não é dia 20, mas decidi publicar na mesma porque assim não há o risco de só o verem dia 20 há noitinha ou no dia 21 (pelo menos a probabilidade é menor). Desta forma, a saberem disto antecipadamente podem viver o dia 20 (e todos os outros claro, porque estas coisas devem-nos “pesar” na consciência todos os dias) de forma especial. Podem até tentar fazer algo coisa diferente e experimentar, de certa maneira, homenagear estas pessoas. Eu já tenho parte da minha homenagem aqui o resto farei no sábado (individualmente e com os meus meninos da catequese).

terça-feira, 16 de junho de 2009

Desespero


"Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo só depende da nossa vontade e perseverança."
- Albert Einstein

Estou triste, melhor, estou completamente desiludida com o que encontro à minha volta. Estou desiludida por cada vez me encontrar mais sozinha a lutar (ou a tentar pelo menos) por algo que é de todos e para todos. Estou desiludida porque acho que sou praticamente a única pessoa a acreditar naquela (para mim) tão lógica frase do Einstein. God, qual é a dificuldade em entender que 99,9% das coisas acontecem se nós lutarmos por elas ou fizermos por isso? Qual é a dificuldade em entender que depende de nós, da nossa vontade, da nossa determinação? Estou farta, mas completamente de farta de ouvir desculpas e de ver pessoas a atirar a responsabilidade nas costas dos outros. “Aqui não dá, já sabes como é não sei quem”, “Tentar para quê…já se sabe que com estas pessoas não resulta”, “Estudar para quê? Já sei que não adiante com esta professora, os testes são sempre difíceis!”. Sabem que mais? Chega!!! Chega de andarmos aqui todos a brincar às casinhas e aos meninos responsáveis e empenhados! Chega de tanto cinismo e hipocrisia! Ou se quer ou não! Ou se tenta ou não! Vocês intitulam-se de realistas… eu intitulo-vos de preguiçosos! Preguiçosos e irresponsáveis. Aih, o que é que aconteceu à juventude de hoje? O que aconteceu ao nosso espírito? Já agora, sabem o que quer dizer espírito? Espírito é: coisa incognoscível que anima o ser vivo; conjunto das faculdades intelectuais; vida; razão; inteligência; energia; aptidão; capacidade; opinião; sentimento; intenção; génio; talento; engenho; essência. Quer dizer, é? Será mesmo? Segundo o dicionário sim, mas e quanto ao resto? Gente onde está? Digam-me onde está! Por favor… o que foi feito então da energia, do engenho, da capacidade, do sentimento? Digam-me!!! Se estão bem escondidinhos soltem-nos, afinal, do que vos vale ter isso guardado? Desde quando é que ser jovem deixou de ser “vontade de reconstruir, modificar, melhorar (remando se necessário contra a maré)” para passar a ser “resignação e acomodação”? Qual é a vantagem de viver sem a mínima consciência do mundo onde habitam e do que as vossas acções podem alterar a vida de outro ser humano? Do que vos vale viver sem solidariedade e sem esperança e fé nas pessoas? Expliquem-me (porque eu não consigo perceber) a vantagem de ao invés disto viver uma vida de desculpas esfarrapadas e de desresponsabilização convivendo apenas com o seu egoísmo e olhando só para o próprio umbigo? Nós temos tanto para dar, há tanto a ser feito (ainda por cima agora que estamos num tempo de crise). É nossa obrigação tentar fazer algo, é nosso dever mudar o rumo das coisas! Olhem à vossa volta, há tanta gente a precisar de uma mão estendida, de um olhar, há tantas pessoas a precisarem de pessoas. Como é que é possível vermos isto e simplesmente acharmos que não é nada connosco? É mais fácil, eu sei. Mas, não é suposto que a vida seja fácil. Eu sinto-me desesperada e angustiada com o tipo de atitudes que vejo hoje em dia, principalmente na classe mais jovens e em pessoas em que era esperada, precisamente, a atitude oposta. Desculpem se este assunto é demasiado maçador e se preferiam ler outra coisa, mas eu precisava de partilhar isto. Deixo-vos aqui mais um pensamento e espero que reflictam um pouco sobre isto. Eu vou continuar a ter fé e a lutar e acreditar num amanhã melhor. Vou continuar a gritar, porque sei que nunca gritarei sozinha.

"Está em meu poder servir a Deus ou não o servir. Servindo-o, acrescento ao meu próprio bem e ao bem de todo o universo. Não o servindo, abro mão do meu próprio bem e privo o mundo do bem que estava em meu poder criar."
- Liev Tolstói

Concluindo, não privem ninguém de algo a que tem direito. Parem de se enganar e tomem consciência de que cada criança que chora com fome, cada família que se torna sem-abrigo, cada nega tirada é também culpa vossa. Vamos lá ganhar responsabilidade gente, a sério. Vocês podem ser tão melhores que isso. Rectifico, NÓS podemos ser tão melhores que isto.

Portas

Bem, hoje vou falar de portas =). Estava eu, calmamente, a vir da ginástica quando observo e reflicto num costume bem português: o de não usar a porta de entrada principal da casa. A verdadeira casa portuguesa tem duas portas de entrada: a principal (que está na parte da frente da casa, num lugar central) e a outra (que se localiza, normalmente, na parte de trás). A porta principal, melhor, a parte da casa onde se situa a porta principal está, habitualmente, muito preenchida e (por vezes) exageradamente decorada – sempre à espera de sorrir para as visitas. Porém, a verdade é que raramente as recebe. Apesar de cheias de adornos, as entradas principais das casas raramente são usadas, são sempre postas de parte e utilizadas apenas nas chamadas “ocasiões especiais”. Pois, por mais que eu tente isto é uma coisa que me ultrapassa. Para que raio é que há todo aquele aparato para depois a entrada simplesmente não ser utilizada? Além disso, nas ocasiões especiais veste-se roupa especial, come-se comida especial em sítios especiais… Agora ter uma porta de casa para ocasiões especiais (na minha inocência) é um bocado ridículo. Acho que deve ser um bocado frustrante para a porta. Coitadinha, deve-se sentir só e abandonada e duvidar do seu trabalho; deve ter a auto-estima lá em baixo – é penoso ver todas essas portas de Portugal serem abandonadas desta forma.
Eu, como sou do contra, não trato de forma diferente a minha porta da frente. Muito pelo contrário, tenho um problema com a minha porta das traseiras. Não me peçam para explicar porquê, mas desde pequena que a minha porta das traseiras me assusta. Até ao quarto ano sempre que alguém batia naquela porta e eu estava perto dela simplesmente desatadva a chorar (mesmo quando eram os meus pais). Felizmente, hoje em dia isso já está ultrapassado: agora sempre que batem à porta só corro para o meu quarto. Por isso já sabem, se algum dia vierem até minha casa e quiserem ter o prazer de me ter a receber-vos nunca vão pela porta de trás =).

domingo, 14 de junho de 2009

Pirates



“Bring me that horizon!”

É assim que acaba o primeiro filme da trilogia dos Piratas das Caraíbas que, para quem não sabe, é um dos meus filmes preferidos. E é dita por quem? Tentem lá adivinhar…. Pelo meu querido Jack Sparrow (o muito giro e famoso Johnny Deep – tenho um fetiche, obsessão, panca por este homem. Chamem-lhe o que quiserem, mas que ele é a pura da loucura é). Apesar de já ter visto aquele filme uma centena de vezes fico sempre comovida e pensativa com aquela frase final. Acho que, de facto, não podia ter acabado melhor. Ainda por cima dita pelo Jack aquela frase torna-se duplamente inspiradora. Acho que aquele é realmente um bom lema de vida (este espírito faz falta) – procurar sempre novos desafios e nunca parar. Ontem, ao ver novamente o filme e ao ouvir de novo esta frase pensei logo que a tinha que publicar no meu blog. Pensei numa grande divagação sobre tudo aquilo que ela me diz, mas, agora que aqui estou simplesmente não consigo passá-lo para escrito. Por isso fico-me por aqui e deixo o resto da interpretação da frase ao critério de cada um. Deixem aqui as vossas ideias que é sempre giro!!!!

Todos temos um pirata dentro de nós (e se for um ali como o Jack uh-uh… é a pura da loucura =).

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Evolução, será?


Tenho duas coisas engraçadas para partilhar:
1) Hoje a minha irmã contou-me uma coisa que achei bastante caricata. Estava ela numa esplanada sentada quando vê um miúdo a fazer asneiras: estava a dar pontapés numa cadeira. A mãe descontente com a acção do pequeno tenta fazer com que este pare. Porém, o miúdo dá uma de desobediente e contraria a vontade da mãe várias vezes. Esta, insatisfeita, pega e dá-lhe uma palmada no rabo. E, é aqui que uma senhora muito decidida se levanta e desata aos berros àquela mãe: diz-lhe que ela não tem o direito de fazer tal coisa, que vai chamar a protecção de menores, acusa-a de não saber educar.
Ora bem, o que raio é que se pode dizer perante uma insanidade destas? É que isto não tem mesmo lógica nenhuma. Desde quando é que uma palmadinha no rabo na altura certa faz mal a alguém? Eu também as levei e estou cá, aliás, quem é que não levou? São palmadinhas saudáveis, palmadinhas de amor. Ou não, pelo menos na opinião daquela senhora.
2)Aquele amoroso cartoon. Há coisas fantásticas não há? Digam lá se isto não é verdade? Possa, estes professores de hoje em dia… Coitadinhos dos meninos: tão inocentes, tão responsáveis. A culpa disto é dos professores, que não sabem como educar! Os pais já têm de ir levar e buscar os miúdos à escola todos os dias… o que estão à espera que eles façam mais? Que também eduquem os pequenos? Devem andar é todos tolos!!! (para quem não topou isto foi uma ironia ;)
Hoje em dia existe esta dualidade: por um lado todos se livram de qualquer responsabilidade passando sempre a batata quente (ex: má educação das crianças deve-se à escola que não as educa nem lhes transmite os valores correctos); por outro lado há uma obstrução e descredibilização ao trabalho das instituições (ex: novamente o caso dos professores que encontram grandes dificuldades não só a lidar com a criança mas também com os pais que se apresentam cada vez mais como impedimento a uma boa educação do filho).
Estes são apenas dois exemplos da realidade deste país. Se antes do 25 de Abril o povo vivia na ignorância dos seus direitos e as autoridades e instituições abusavam do seu poder, hoje encontramo-nos no outro extremo. A liberdade é demasiada, os direitos são mais que grãos de areia na praia (são tantos, tantos, tantos que as pessoas acabam por se perder neles arruinando, desaproveitando e adulterando o seu correcto uso) e já não há o mínimo respeito pelas autoridades e pelas instituições competentes. Faltou algo depois da mudança do 25 de Abril: faltou educação; faltou um “pai”. Houve quem estivesse lá para nos dar a liberdade, mas falhou quem nos ensinasse a usá-la. E, por causa desse erro, padecemos muito hoje, e continuamos na escuridão da ignorância e sem saber como reagir face a determinadas áreas e temas. Contudo, isto não deve ser desculpa para as nossas falhas, mas sim força para recuperarmos o tempo perdido e tornarmo-nos um povo melhor. Temos a faca e o queijo na mão e (falando principalmente por mim) uma sede enorme de mudança. Agora, temos é de fazer com que aconteça.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A verdade ou mentira do Universo


Desde sempre o ser humano questionou a sua origem, a origem do universo, a razão para a sua existência. Desde sempre o ser humano tentou encontrar resposta para estas questões. Muitos dizem que a religião foi a primeira resposta criada pelo Homem, a primeira a responder que tudo isto tinha uma origem divina. Depois a ciência evoluiu e deu resposta, ou pelo menos tentou, (cremos nós e crêem eles) a uma série de perguntas. Esta evolução da ciência levou muitos a pensarem que a existência da religião não fazia mais sentido. Entre as respostas encontradas encontra-se a resposta à origem do Universo. Actualmente a teoria mais aceite para a origem do Universo é a teoria do Big Bang. Esta, muito resumida e simplificadamente, diz-nos que o Universo surgiu da explosão de um conjunto de matéria acumulada que depois se organizou dando origem ao mesmo. Esta teoria tem uma série de provas que a apoiam, e se a estudarmos e virmos todas as fases deste processo concluiremos que ela tem lógica e que pode ser de certa forma possível. Porém, esta teoria pode ser enganadora e falaciosa. Pensemos então numa das mais banais regras e certeza da física: as transformações nos sistemas realizam-se sempre no sentido do aumento da desordem. Ora se assim é estamos perante uma contradição. Na teoria do Big Bang passa-se exactamente o contrário. Haveria, supostamente, uma matéria desorganizada no universo que (sabe-se lá bem porquê) se lembrou de organizar e formar galáxias, planetas, estrelas… Isto é (ao que dizem) cientificamente impossível. Confusos? Eu fiquei um bocadinho. =/

É por estas e por outras que às vezes estranho a dificuldade de alguns em acreditar em algo Divino que está na origem de tudo isto. Qual das duas será mais provável: esse tal Deus superior que deu origem a tudo isto ou um conjunto de matéria que possuía vontade própria e que então um certo dia decidiu que estava farta de viver daquela forma e resolveu explodir e originar o Universo? Pois, venha o Diabo e escolha…

É certo que tudo isto são teorias, mas apesar disso é importante pensar nelas. Só desta forma é que não caímos em falsas crenças e não vivemos de certa forma iludidos. É muito importante que não nos conformemos com o que nos dizem e tomemos isso como dogma (mesmo o que é dito numa sala de aula). Devemos sempre tentar estar mais informados sobre o assunto e só depois estaremos aptos a concluir o que quer que seja.


Já o Einstein dizia: "Enquanto mais me aprofundo nas ciências, mais me aproximo de Deus."


Intrigante ah?

terça-feira, 9 de junho de 2009

Religião e política?

“Haverá sempre fricções entre religião e política e não se vê como poderia ser de outra maneira. Mas esta tensão é benéfica. Evita que o Estado se reduza a um papel tecnocrático, de pura gestão, e que, por outro lado, a Igreja se feche no culto e na sacristia.”

Estava eu, descansadamente, a pesquisar para um trabalho de filosofia quando encontro isto. Não faço a mínima ideia quem o disse, pois já perdi a fonte, mas quem o fez tem, de facto, um pensamento incandescente. Sempre achei que, apesar de estarem normalmente de lados opostos e de se contradizerem mutuamente, estas duas queridas sempre tiveram algo em comum, algo que as ligava. E, realmente, esta frase exprime exactamente isso: a relação de simbiose existente entre estes dois importantes organismos. A oposição de ideias, desde que feita correctamente, não é de todo uma coisa negativa. E, pensemos um pouco: tanto a religião como a politica lutam (ou pelo menos deveriam) pela sociedade e tentam incutir-lhes regras e valores; tentam guiá-la (apesar de o fazerem de forma muito distinta e com objectivos diferentes). A religião e a política são provas da nossa racionalidade, daquilo que nos distingue dos restantes seres vivos existentes à face da Terra. É, então, muito importante que não se deixe morrer esta relação e que não se tente apagar ou mudar os objectivos de cada uma das instituições. Este convívio, esta “relação amor-ódio”, esta simbiose é indispensável para uma sociedade digna e em constante crescimento. E porquê? Porque grande parte dos movimentos humanos significativos tiveram a religião como impulsor. Lembremo-nos por exemplo da Declaração dos Direitos Humano: os ideias de igualdade são provenientes de algumas reflexões religiosas. Este é um dos exemplos que nos mostra que os dois são necessários: apesar dos ideias nascerem da religião é preciso que um órgão politico os institua.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Parabéns MIM


Digam lá que nós não estamos lindinhos???? Nós somos lindinhos aliás.... Foi com estes dois inocentes que eu passei o serão da tarde do meu aniversário. E, digo desde já, que foi um serão espectacular. Foi uma tarde de descobertas e acontecimentos. Andamos de baloiço, descobrimos que o Lidl é o melhor a nível de organização de dinamização de festas e pusemos a Silvana a conduzir (ou pelo menos a fazer algo que se assemelhava, ou deveria assemelhar, a isso =).
Bem, não fiz a festa que preparei, nem o bolo que queria... apesar disso não me posso nada queixar do aniversário que tive. Os meus papás fizeram questão de o tornar divertido. Hehe... Gosto-vos =)

Bem, mas não é só a estes dois inocentes que tenho de agradecer. Tenho de agradecer:
-ao meu namorado *.*
-à Ritinha
-à Martinha
-à Guidinha
-à Ângela
-à Beatriz
-à Maria
-à Braga
-ao Paulo
-ao Zé
-ao João Pedro
-à Ana Marinho
-à minha irmã
-à minha avó
-ao meu Pai

Concluindo: toneladas de gente gira e querida. =)

Obrigada gente.... *.*

domingo, 7 de junho de 2009

A Curva da Estrada


“A morte é a curva da estrada, morrer é só não ser visto” – Fernando Pessoa.

Realmente acho que não é preciso acrescentar muito mais a esta frase. De facto, a vida é uma continuação do caminho que temos a percorrer, mas uma continuação do outro lado da curva (como diz Pessoa). Só porque não vemos o que está para além dessa curva não quer dizer que não exista. Existe, é apenas invisível aos nossos olhos. Mas todos um dia a vamos ultrapassar, e, quando chegar a minha vez de passar a curva vou ficar triste pelo que vou cá deixar, porém também vou ficar muito contente por puder acompanhar quem já aquele caminho anda a percorrer.
Até lá só me resta aproveitar bem quem por deste lado da curva anda e guardar saudades e boas recordações de quem pela curva já passou.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vontade

"Os filósofos antigos tiveram muito a dizer sobre a felicidade. Supunham que ‘a melhor vida’ e ‘a vida feliz’ eram a mesma coisa, e geralmente aceitavam que a felicidade consistia numa vida de razão e virtude. Epicuro (341-270 a. C.) recomendou uma vida simples, de modo a se evitarem sofrimentos e ansiedades. Os estóicos acrescentaram que um homem sábio não permitiria que a sua felicidade dependesse de coisas que estivessem fora do seu controlo, como a riqueza, a saúde, a boa aparência ou as opiniões dos outros. Não podemos controlar as circunstâncias externas, disseram, pelo que devemos ser indiferentes a essas coisas, aceitando-as como aparecem. Epitecto (c. 55-135 a. C.), um dos grandes professores estóicos, deu este conselho aos seus estudantes: ‘Não peçam que as coisas ocorram segundo a vossa vontade; façam com que a vossa vontade seja que as coisas ocorram como ocorrem de facto, e terão paz.”

Este artigo não é meu. Encontrei-o num outro blog (Dúvida Metódica - pertence à minha lista de blogs eleitos caso o queiram consultar) e achei-o deveras interessante. De facto, não podemos apenas sonhar ou idealizar coisas, não podemos fazê-lo e estar à espera que o Mundo perceba aquilo que queremos e arranje forma de o concretizar. Se há algo que realmente queremos temos mais é que lutar e fazer com que aconteça, e (apesar de difícil) não podemos por a responsabilidade da nossa felicidade a cargo que uma coisa que está fora do nosso controlo, nem deixar que pessoas opinem sobre o que somos ou não capazes de fazer. Cada um tem convicções e crenças diferentes, e, é essa convicção e essa crença que determina aquilo que somos ou não capazes de fazer. Como diz o meu professor de matemática “temos de olhar pela nossa vida” e “ter atenção ao que escolhemos como prioridade”. Desde que decidi entrar para Medicina tenho ouvido coisas do género: "Sabes que é difícil e que provavelmente não vais conseguir entrar à primeira. É melhor teres uma segunda opção caso não tenhas média, assim podes entrar em algo na Universidade". Agora expliquem-me lá uma coisa: porque raio é que eu tenho que entrar imediatamente na universidade? Caso não tenha já média para medicina devo desistir e não fazer melhoria só para entrar logo na universidade, só para não ficar mais um ano no secundário? "Mas assim perdes um ano!", dizem eles. Tanta perceber lá uma coisa: eu não quero entrar em ALGO na universidade, eu quero MEDICINA, não algo. Eu acho isto uma completa estupidez. Prefiro "perder" um ano e fazer aquilo que realmente quero e gosto. Até porque no meu caso além de medicina o que me agrada é psicologia (que tem média mais baixa). Mas vou-me meter num curso que tenho média, mas que tem uma das taxas de desempregados licenciados mais alta do país? Realmente deve ser melhor meter-me em psicologia agora e depois estar 2, 5 ou 10 anos num emprego que não é da minha área, do que agora esperar mais um ano e entrar no que realmente quero e me dá perspectivas de futuro agradáveis. Realmente não percebo a mentalidade destas pessoas. Volto a repetir o meu professor: "Isto é tudo uma questão de prioridades". Eu não penso dessa forma... não consigo pensar a curto prazo quando esta decisão vai influenciar o resto da minha vida. Agora “perder” um ano pode ser realmente chato, mas é preferível a tudo o resto. Além disso (apesar de ser das únicas pessoas a acreditar), acho que sou perfeitamente capaz de conseguir entrar já em medicina. É tudo uma questão de trabalho e dedicação. Não tenho nenhum atraso, por isso se uns são capazes eu também sou. Tudo isto para dizer que o querer basta para acontecer. Tem é de ser um querer forte e verdadeiro e não um capricho do momento. =)
(Se o Pooh acredita que consegue eu também!!! ;)

sábado, 30 de maio de 2009

Declarações oficiais do Papa em África


Esta é a entrevista que deu origem à polémica do preservativo:

Pergunta: Santidade, entre os muitos males que atormentam África, existe também e sobretudo o da difusão da SIDA. A posição da Igreja católica sobre o modo de lutar contra ela é com frequência considerada irrealista e ineficaz. Vossa Santidade enfrentará este tema durante a viagem?

Resposta:
Eu diria o contrário: penso que a realidade mais eficiente, mais presente em primeira linha na luta contra a SIDA é precisamente a Igreja Católica, com os seus movimentos, com as suas diversas realidades. Penso na Comunidade de Santo Egídio que faz tanto, de modo visível e invisível também, na luta contra a SIDA, nos Camilianos, em muitas outras realidades, em todas as Irmãs que estão à disposição dos doentes…Diria que não se pode superar este problema da SIDA só com dinheiro, mesmo se necessário; mas, se não há a alma, se os africanos não ajudam (assumindo a responsabilidade pessoal), não se pode superá-lo com a distribuição de preservativos: ao contrário, aumentam o problema. A solução pode vir apenas da conjugação de dois factores: o primeiro, uma humanização da sexualidade, isto é, uma renovação espiritual e humana que inclua um novo modo de comportar-se um com o outro; o segundo, uma verdadeira amizade também e sobretudo pelas pessoas que sofrem, a disponibilidade à custa até de sacrifícios, de renúncias pessoais, para estar ao lado dos doentes. E estes são os factores que ajudam e proporcionam progressos visíveis. Diria, pois, que esta nossa dupla força de renovar o homem interiormente, de dar força espiritual e humana para um comportamento justo em relação ao próprio corpo e ao do outro, e esta capacidade de sofrer com os doentes, de permanecer presente nas situações de prova. Parece-me que esta é a resposta justa, e a Igreja faz isto e deste modo presta uma grandíssima e importante contribuição. Agradecemos a todos aqueles que o fazem.


Quando tomei conhecimento de todo o discurso do Papa em relação a este assunto fiquei bastante perplexa. Achei que de facto este tema devia ser discutido abertamente e esclarecido. Levei o tema ao meu grupo de jovens onde foi esplendidamente debatido e decidi que também aqui ele merecia destaque. E tudo isto porquê? Porque quando ouvimos falar destas declarações a mensagem que nos é passada é: “O Papa proíbe e condena o uso de preservativo”. Eu, que sou uma das muitas pessoas que não é apologista deste novo Papa, ficava indignada sempre que se tocava neste assunto. Fazia-me imensa confusão como é que uma pessoa no seu perfeito juízo pode condenar o uso do preservativo como meio de combater a Sida. Depois de ler todo o discurso e perceber o contexto das declarações sou obrigada (e com muito gosto, pois como crente católica era para mim uma vergonha admitir que o Papa tinha proferido tais coisas) a concordar plenamente com o Papa. De facto, os preservativos não vão resolver o problema da Sida em África. Há um grande problema cultural e educacional que deve ser primeiramente resolvido. Não basta chegar lá, dar-lhes dinheiro e preservativos e achar que a dificuldade está passada. Comparemos: vivemos numa sociedade bastante desenvolvida quando confrontada com a africana. Contudo, ainda hoje temos graves problemas com o uso, ou melhor, a falta do uso do preservativo. Apesar de toda a informação há pessoas que ainda não entende a sua importância (afinal o número de jovens grávidas continua perturbante). Se aqui temos os problemas que temos como é possível achar que numa sociedade e num meio como o africano as coisas vão ser diferentes? Se tentarmos resolver o problema desta forma as coisas só vão piorar, como disse Bento XVI no seu discurso. Tem de haver uma humanização das relações, tem de haver uma “desbanalização” do sexo, tem de haver um cuidado, preocupação e respeito com o outro, porque só desta forma é que o uso do preservativo pode ser entendido. E esta chamada de atenção do Papa não é principalmente dirigida ao povo Africano, mas sim a nós. Com isto Bento XVI quer que púnhamos as mãos na consciência e pensemos se andar por aí a distribuir preservativos é a solução ou não. Porque independentemente da nossa crença ou não, independentemente de concordarmos ou não com esta nosso resolução do problema; independentemente da possível mensagem política que possa estar por detrás destas declarações estas tratam sobretudo da realidade, de factos: apesar de todos os esforços das várias organizações ao longo dos anos de trabalho em África, apesar de todos os preservativos distribuídos o problema não suavizou. Por isso mesmo acho que realmente estas declarações são de todo pertinentes e devem ser excessivamente discutidas.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

A pura da loucura


Estou quase a fazer anos... 17... e isso agrada-me... Estou ansiosa que chegue ao meu aniversário. Apesar de não ter preparado a festa um mês antes e andar com todo aquele alarido acho que nunca estive tão anciosa que chegasse o meu aniversário como estou agora. Este aniversário significa uma nova fase, mais um ciclo passado, mais um aninho de vida de secundário a que eu sobrevivi, e muito bem diga-se de passagem. Muitas coisas mudaram durante este ano. E quanto mais o tempo anda e quantos mais aniversários se realizam mais longe e esquecidos ficam dias menos bons da minha queriada e amorosa vida =). Hoje é dia 27 de Maio. Daqui a 10 dias faz um ano que não vejo o Ricardo; faz um ano que passei o dia todo a chorar; faz um ano que cancelei as duas festas que tinha planeado para o meu aniversário (isto aconteceu no dia 6, e eu fazia anos no dia 7). Faz um ano que aconteceu muita coisa e que fiz muitas ceninhas tristes. Lol.... Mas passou... E este ano tem sido completamente diferente. Namorado novo, vida nova, amigos novos. Claro que houve alguns que se manteram, mas no geral as coisas têm mudado. Este ano tem sido a pura da loucura. Os trabalhos, os testes e todos aqueles compromissos que imprudente ou inteligentemente me meti têm me dado muito trabalho. Não paro em casa e não me lembro de estar deitada a ver televisão..... Apesar disto tudo acho que este ano têm sido um dos melhores anos da minha vida. Adoro o meu grupo de jovens, adoro os meus meninos da catequese (são umas pestinhas, mas basta-me faltar uma semana que sinto logo falta deles=), adoro a minha escola, adoro os meus amigos, adoro a trenga da minha irmã e a chata da minha avó... Acho que nunca adorei tanta coisa em tanta quantidade num tão curto espaço de tempo. Claro que também houve coisas menos boas no meio disto tudo mas não é delas que estou aqui para falar. Estou ansiosa que cheguem as férias... para puder descansar e porque estou cá com um feeling de que as férias vão seguir o mesmo rumo que o resto do ano.

Mas pronto... Com calma é que se chega lá.. Para já esperemos apenas que o meu aniversário corra bem. Modestia à parte eu estou a merecer.... Vai ser a pura da loucura!!!!