Para começar um viva ao Yoga e a quem o pratica. Hoje é um dia mundial do Yoga, algo aparentemente conhecido por vários mas que possui uma história, filosofia e carga espiritual desconhecida pela maioria. Vou falar-vos um bocadinho (e apenas um bocado porque haveria muito a dizer) desta prática. Vulgarmente o Yoga é visto como uma prática boa para a saúde, algo que faz bem ao corpo e à mente e que nos faz sentir melhor. Mas, há mais para além disto. Para começar Yoga é um conceito que se refere às tradicionais disciplinas físicas e mentais originárias da Índia, está associado com as práticas meditativas tanto do budismo quanto do hinduísmo.
Segundo Pedro Kupfer: “O Yoga nasce a partir da compreensão das manifestações externas da Natureza e das suas influências subjectivas sobre a consciência humana. Os primeiros yogis não fizeram mais do que escutar e conhecer a própria natureza. Podemos imaginar estes proto-yogis renunciando à segurança que oferecia a vida em aldeias e cidades, internando-se nas profundezas de florestas e montanhas, onde existiam perigos reais. A sede de conhecer-se, no mais profundo e absoluto sentido da palavra, transcendia qualquer perigo. A recompensa, o estado de não condicionamento, bem valia o risco. Esta praxis nasce do inconformismo, da sede de transcender a miséria existencial inerente a todo ser humano, e de eliminar os intermediários entre si próprio e o sagrado.”
Além disso, alguns dos textos hindus referem-se ao Yoga desta forma: "Quando os cinco sentidos e a mente estão parados, e a própria razão descansa em silêncio, então começa o caminho supremo. Essa firmeza calma dos sentidos chama-se Yoga." Upanixade Katha, VI.
Aprenderam algo novo? Eu sim. Porém, segundo estes dados adquiridos para a prática do Yoga é necessária a paralisação da mente e da razão. Contudo, (seguindo a linha de pensamento cristão) nós apenas conseguimos distinguir o bem do mal quando estamos com a nossa mente e razão bem vivinhas e activas. Desta forma, será então a prática do Yoga compatível com o cristianismo (vá lá não fiquem chateados mas se eu não levantasse aqui uma questão filosófica não ficava satisfeita =)?
Segundo Pedro Kupfer: “O Yoga nasce a partir da compreensão das manifestações externas da Natureza e das suas influências subjectivas sobre a consciência humana. Os primeiros yogis não fizeram mais do que escutar e conhecer a própria natureza. Podemos imaginar estes proto-yogis renunciando à segurança que oferecia a vida em aldeias e cidades, internando-se nas profundezas de florestas e montanhas, onde existiam perigos reais. A sede de conhecer-se, no mais profundo e absoluto sentido da palavra, transcendia qualquer perigo. A recompensa, o estado de não condicionamento, bem valia o risco. Esta praxis nasce do inconformismo, da sede de transcender a miséria existencial inerente a todo ser humano, e de eliminar os intermediários entre si próprio e o sagrado.”
Além disso, alguns dos textos hindus referem-se ao Yoga desta forma: "Quando os cinco sentidos e a mente estão parados, e a própria razão descansa em silêncio, então começa o caminho supremo. Essa firmeza calma dos sentidos chama-se Yoga." Upanixade Katha, VI.
Aprenderam algo novo? Eu sim. Porém, segundo estes dados adquiridos para a prática do Yoga é necessária a paralisação da mente e da razão. Contudo, (seguindo a linha de pensamento cristão) nós apenas conseguimos distinguir o bem do mal quando estamos com a nossa mente e razão bem vivinhas e activas. Desta forma, será então a prática do Yoga compatível com o cristianismo (vá lá não fiquem chateados mas se eu não levantasse aqui uma questão filosófica não ficava satisfeita =)?
Agora só para os mais curiosos o Yoga assenta em oito pilares:
1-Yama ou refrescamento:
1.1-Ahimsa ou não violência;
1.2-Satya ou não mentir;
1.3-Asteya ou não roubar;
1.4-Brahmacharya ou não dissipar a sexualidade;
1.5-Aparigraha ou não cobiçar.
2-Niyama ou auto observações:
2.1-Saucha ou limpeza (do corpo da mente, do intelecto e das emoções);
2.2-Santosha ou auto-contentamento;
2.3-Tapas ou auto superação
2.4-Svadhyaya ou auto estudo;
2.5-Ishvara pranidhama ou auto entrega
3-Asana ou posições psicofísicas;
4-Pranayama ou expansão da força vital através de exercícios respiratórios;
5-Pratyahara ou abstracção dos sentidos externos;
6-Dharana ou concentração mental;
7-Dhyana ou meditação;
8-Samadhi ou absorção meditativa.
1-Yama ou refrescamento:
1.1-Ahimsa ou não violência;
1.2-Satya ou não mentir;
1.3-Asteya ou não roubar;
1.4-Brahmacharya ou não dissipar a sexualidade;
1.5-Aparigraha ou não cobiçar.
2-Niyama ou auto observações:
2.1-Saucha ou limpeza (do corpo da mente, do intelecto e das emoções);
2.2-Santosha ou auto-contentamento;
2.3-Tapas ou auto superação
2.4-Svadhyaya ou auto estudo;
2.5-Ishvara pranidhama ou auto entrega
3-Asana ou posições psicofísicas;
4-Pranayama ou expansão da força vital através de exercícios respiratórios;
5-Pratyahara ou abstracção dos sentidos externos;
6-Dharana ou concentração mental;
7-Dhyana ou meditação;
8-Samadhi ou absorção meditativa.
6 comentários:
E porque é que não ha de ser? na kinha ignorancia sobre o assunto, pelo que percebi, a pratica de yoga não obriga a estarmos num estado de paralisção da mente e da razao o tempo todo. o que quero dizer, é que a filosofia do yoga pode ser muito bem levada em prtica ao mesmo tempo que o cristianismo uma vez que até têm muitos pontos em comum. e depois esse estado de abstração total não é para por em pratica enquanto estas a conversar com os amigos, ou qd estas nas aulas, ou qd estas a ver televisao.. é quando estas cntg proprio. penso que isso seja uma especie de descanço do mundo.
se calhar não e nada disto... mas pelo que eu percebi...
2 questões filosóficas (espero...):
1. Qual é a diferença entre mente e razão?
2. O que há, em termos de compreensão, para além dos sentidos e da mente (e/ou razão)? O tal "caminho supremo" percorre-se como?
3. O que significa exactamente "força vital" e, depois, "expansão da força vital"?
Talvez o maior problema do Yoga não seja a sua eventual incompatibilidade como o Cristianismo, mas sim com o pensamento crítico e livre.
Pintora: claro que aquele estado não é permanente... Mas por 5 horas, 5 minutos ou 5 segundos que sejam a verdade é que para praticar yoga (pelo menos para o viveres na sua totalidade) tens de atingir aquele estado de repouso. E é nesse curto espaço de tempo que baixas as defesas e deixas (não sei bem o que lhe chamar mas espero que entendas a ideia =P) que os espiritos e sentimentos maus te preencham e corrompam.
Carlos Pires, primeiro começo por agradecer o comentário. Depois devo dizer que as suas perguntas são deveras pertinentes e muito importantes para um bom entendimento da questão. De momento não estou apta para as responder mas irei ler mais sobre o assunto e garanto-lhe que em breve terá a sua resposta (pelo menos dada sobre o meu ponto de vista e através da minha experiência pessoal e interpretação da recolha de dados).
"nesse curto espaço de tempo que baixas as defesas e deixas (não sei bem o que lhe chamar mas espero que entendas a ideia =P) que os espiritos e sentimentos maus te preencham e corrompam."
nao percebi uma coisa. as pessoas nao cristas deixam se corromper, so porque nao sao cristas? porque segundo esse ponto de vista, quando se esta nesse estado pleno de repouso, não se está "com deus". bom, acho que nao. nao concordo com nada disso.
(no entanto, não acho nenhuma estupidez as pessoas terem opiniao!)
Não. As pessoas que paralizam a razão e a mente (sejam ou não cristãs) deixam-se corromper. Isto porque segundo o cristianismo são estas que te dão a capacidade de distinguir o bem do mal e de tomares escolhas, sem estas ficas incapacitado e desarmado.
Topas?
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